Natal – O seu verdadeiro sentido e a sua grande oportunidade

São frequentes as invenções que surgem no nosso meio. Certos besteiróis aparecem vindos do nada, (1) apenas para dividir a opinião e (2) criar certa capa de espiritualidade a um determinado grupo, como se estivessem fazendo um bem maior a Deus e a sua causa. Acho que certos inventores não tem nada pra fazer, aí ficam inventando bobagens para aparecer – essa que é a questão –, colocam ‘minhoca’ na cabeça do povo dizendo que “não se deve celebrar o nascimento de Cristo, Natal”. São bobos inconvenientes.

Tem gente, infelizmente, quando se converte numa Igreja desse tipo, lamentavelmente passa a ser um indivíduo mais chato e nojento que existe, antes, ele celebrava com a família, amigos e etc., agora, sendo o mais puro exemplo de mediocridade e fanatismo religioso sem qualquer fundamentação, abolir a festa e se exime em se confraternizar amorosamente com todos, porque ouviu por aí que “não existe recomendação bíblica para a celebração da festa.” Antes se reunia com a família (crente ou descrente), agora não mais; se antes com os amigos, agora não mais. Tornou-se um indivíduo insuportavelmente nojento.

De certo, muitas sincretizações foram adicionadas a celebração do Natal, mas, não podem e não devem tirar-nos da celebração em si, o SENTIDO e a OPORTUNIDADE.

Quem mais luta conta a celebração do Natal (como sempre), são os neopentecostais, essa turma do G-12 e cia, por exemplo… Os argumentos são pra lá de toscos e chulos para haverem um fundamento para a proibição:
(1) dizem que Natal é uma festa pagã e não cristã;
(2) que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro;
(3) que a festa faz associação com divindades antigas – mitraismo, deus sol –; e blá, blá, blá…

Vários sincretismos estão envolvidos no natal, implícita e explicitamente em sua história ao longo dos anos em diversas culturas; assim como o velho e bom Papai-Noel, símbolo de um comércio guloso, consumista e secularizado. Outros símbolos como o presépio, árvore natalina, as luzes, os trenós, a troca de presentes, os banquetes gastronômicos e muito mais. Embora nada há de errado em celebrarmos com a família, familiares e amigos, degustando de iguarias deliciosas dadas pelo próprio Senhor expressando amor até mesmo com a troca de presentes, com o Papai-Noel, com a árvore e outros mais, esse, de fato, não é o cerne do Natal. Estes escondem ao invés de revelar, o verdadeiro sentido do Natal. É aí que esses ignorantes caem ao invés de aproveitarem a OPORTUNIDADE.

Tão infantilmente burra quanto à distorção do Natal, é a proibição de sua celebração. Por exemplo, antigamente na Igreja primitiva, a festa do Ágape (realizada como prelúdio da santa ceia), foi distorcida. A Igreja em hipótese algum deixou de celebrar a ceia por conta disso, ao contrário, eliminou a distorção e prosseguiu com a ceia. Como diz o ditado: “Não podemos jogar a criança fora com a água da bacia”.

Os que proíbem a prática dizem que ‘não tem mandamento de Deus para se celebrar o nascimento de Jesus. Deus não nos mandou celebrarmos o Natal’ – dizem eles. Esses ignorantes (desculpe a expressão), estão precisando ler mais a Bíblia antes de dizer que Natal não se deve ser celebrado:
(1) O nascimento de Jesus foi celebrado pelos pastores;
(2) Os anjos celebraram o nascimento do Salvador;
(3) Os magos celebraram o nascimento de Jesus;
(4) Até a estrela (criação de Deus) celebrou o nascimento de Jesus.

Ora, conquanto o Natal seja um cotidiano em nossos dias, todavia, é importantíssimo que tenhamos uma data no ano para que, de modo mais profundo e intenso, possamos refletir sobre o significado da Encarnação do Salvador. Essa data, portanto, só tem importância se for vivida e comemorada na existencialidade do ser, impregnada de seu significado, do contrário, ela vira como para a maioria é, um feriadão, apenas isso.

Não tenho nada a ver se pegaram essa data associando-a com Papai-Noel, presente, consumo, comércio, bebedeiras, encontros gastronômicos… Eu não tenho problema com isso, eu tenho sim, a obrigação de celebrar o Natal. O que menos importa é se Jesus nasceu em dia 23, 24 ou 25 de dezembro, se foi em abril, setembro, outubro ou dezembro, o que mais importa é que a história está divida em antes (a.C.) e depois de Cristo (d.C.). Ele nasceu, o dia não me interessa, o que me interessa é celebrar que ele veio a esse mundo “reconciliando consigo o mundo” (II Co 5:19).

Natal é uma das muitas OPORTUNIDADES que existem de dizermos para esse mundo: ‘Há um escape para você!’ ‘Há uma saída!’ ‘Há uma oportunidade de vida e de salvação!’ Ele é o seu e nosso salvador e Senhor! Natal é a boa nova do nascimento de Jesus. É o cumprimento de um plano traçado na eternidade e antes da fundação do mundo. É a consumação da mensagem dos profetas. É a realização da expectativa do povo de Deus. Natal é a encarnação do Verbo de Deus. É Deus vestindo pele humana e sentindo as dores do mundo. Natal é Deus se fazendo homem e o eterno entrando no tempo. Natal é Jesus sendo apresentado como o Salvador do mundo, o Messias prometido, o Senhor soberano do universo. O verdadeiro Natal traz glória a Deus no céu e paz na terra entre os homens. Natal é boa nova de grande alegria para todo o povo. O verdadeiro Natal foi celebrado com efusiva alegria no céu e na terra. Portanto, prossigamos em celebrar o nascimento do nosso glorioso Salvador!

APROVEITEMOS essa data para o bem, joguemos o que de ruim existe e retemos o que é bom!

Sendo assim, de modo algum poderei considerar o Natal como uma festa pagã. Paganismos foram os acréscimos enxertados nele. Não celebro o Papai-Noel, celebro o Deus Encarnado; Não celebro a árvore, celebro sim o Deus que se fez carne e habita entra em nós; Não celebro o banquete de comidas gostosas, celebro sim, neste dia, a oportunidade de me banquetear na presença de Deus; Não celebro a troca de presente, antes, celebro a Graça que me presenteia galardoando-me todos os dias.

“Não temais, eis que vos trago boa nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11).

“Glórias a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.14).

Rubens Júnior
22/12/11 data que foi escrita, mas hoje (24/12/19) foi reeditada e re-postada. 
Niterói, RJ