“… tudo o que eu tenho é teu” – Lc 15.31

HÁ QUEM DEUS DISSE: “tudo o que tenho é teu“?

Note que a frase acima é encontrada na parábola do filho pródigo, é citada pela figura representativa de Deus no texto falando ao filho mais velho que pelo contexto demonstrava ser egocêntrico, invejoso, narcisista, individualista e ciumento. Esse ente demonstra que é a maior representação daquilo que teólogos reformados chamam de “Depravação Total“, i.é., todos pecam e todos estão mortos em suas transgressões e pecados.

Perceba que esse irmão mais velho também representa a ideia de que um filho nunca deixará de ser filho; esse moço comete pecados e não perde sua identidade de filho, Deus mesmo quem diz: “Filho, tu sempre estais comigo, e tudo que eu tenho é teu.” Em outras palavras: “Você não precisa ficar com ciúmes do seu irmão mais novo que voltou para casa todo arrebentado e arrependido dos seus pecados motivo que fez dar um grande banquete em comemoração, porque tudo que eu tenho é teu também”.

TUDO O QUÊ?

As escrituras dizem que:
I – Tudo foi criado por Deus (Ne 9.6; Jo 1.3 e Cl 1.16);
II – Que a Ele pertence tudo (Sl 24.1 e I Co 10.26);
III – A palavra tudo compreende céus, terra e tudo o que nelas há (Ex 20.11; Ne 9.6; Sl 146.6; At 4.24 e Ap 10.6).

OS CÉUS

Os céus foram criados (Gn 1.1; Is 45.18; Sl 33.6; Hb 1.10 e 11.3). Esse “céus” no plural representa:
(1) o céu atmosférico/astronômico (firmamento; expansão) e,
(2) o céu espiritual.

1 – O céu atmosférico/astronômico (Gn 1.6 a 8, 20; Sl 19) foi dado por Deus para toda humanidade, é a graça comum de Deus em favor das suas criaturas (Gn 1.26 a 28);
2 – Mas o céu espiritual é a plena habitação do altíssimo (Sl 103.19; Mt 6.9), esse Deus concedeu apenas aos seus filhos, aos seus eleitos (Mt 25.34; Jo 14.1 a 3; I Co 2.9 e Ap 21.1 a 4).

FATO INTERESSANTE

O interessante disso tudo é que Jesus sendo parte da trindade divina, ou seja, sendo Deus, quando se diz que Deus a tudo criou, inferimos que Jesus foi parte absoluta desta criação, Ele também a tudo fez (Jo 1.1 a 3, 10; Cl 1.16,17). Ao mesmo tempo em que Ele tudo fez, Ele também é herdeiro do próprio Deus (Hb 1.2); e se Cristo é criador/dono e herdeiro, nEle nos tornamos coerdeiros (Rm 8.16,17 e Gl 4.7), logo, se somos coerdeiros, tudo também é nosso (I Co 3.21 a 23).

Esse mesmo céu criado por ele, é para onde iremos (Jo 14.3) e habitaremos com eles (Ap 2.1 a 3 e 21.3,4).

SERÁ QUE AGORA SABEMOS O SIGNIFICADO DO “tudo o que tenho é teu“?