
A nova filosofia é objetiva: a igreja está competindo com o mundo. O mundo é hábil em captar a atenção e os sentimentos das pessoas. A igreja, por outro lado, tende a ser muito pobre na “venda” de seu produto, portanto, o evangelismo deve ser visto como um desafio marketing, e a igreja, teoricamente, deveria colocar o evangelho no mercado da mesma forma que todas as empresas modernas colocam os seus produtos. Isso requer mudanças fundamentais.
O objetivo de todo marketing é “deixar o produtor e o consumidor satisfeitos” (eles pregam isso: a satisfação do ego, das emoções e dos sentimentos), então, tudo o que tende a deixar o “consumidor” insatisfeito precisa ser jogado fora. A pregação, especialmente a que fala sobre pecado, a justiça e o juízo, é confrontadora demais para ser verdadeiramente satisfatória. A igreja necessita aprender a “divulgar” a verdade de forma a divertir e entreter.
Tudo isso soa bastante moderno, bastante perspicaz, mas não é bíblico; e empurra a igreja em direção à encosta escorregadia. Os princípios de marketing estão se tornando o árbitro da verdade. Os elementos da mensagem bíblica que não se encaixam no plano promocional são omitidos.
O “bom senso” de marketing exige que o escândalo da cruz seja minimizado.
A estratégia de vendas requer que hoje assuntos negativos sejam evitados.
A satisfação do consumidor demanda que o padrão da justiça não seja elevado demais.
Dessa forma, as sementes de um evangelho aguado estão sendo plantadas através da própria filosofia que norteia muitos ministérios hoje. E não se engane, a nova filosofia está alterando a mensagem que a igreja anuncia ao mundo, embora muitos que propagam essa ideia considerem-se leais à doutrina bíblica.
O cristianismo está novamente em declínio.
Precisamos de uma reforma teológica urgente.
FONTE: Livro “Com vergonha do evangelho” de John MacArthur