Positividade constante e exacerbada, e o Otimismo implacável, também são tão tóxicas quanto uma pessoa negativista.
Essa ideia de ser feliz e sorridente o tempo todo, sorriso no meio da desgraça, alto astral, entusiasmo e otimismo nos momentos de dor, é falso e, às vezes, pode ser insensibilidade.
Quando dói, dói. Dizer que não está doendo, que não está triste no meio do sofrimento particular ou alheio, é loucura!
Óbvio, que devemos tentar sermos positivos e encher sempre o nosso coração de esperança no Senhor, no entanto, como bem disse Jesus, tem hora que “a minha alma está triste e abatida até a morte…” (Mt 26.38), e Paulo ratifica dizendo que “toda a criação geme e sofre dores de parto” (Rm 8.20 a 22).
Ainda que há valor em ver o lado bom das coisas tanto que Paulo diz que nossa mente tem de pensar “nas coisas que são do alto” (Cl 3.2) e também em “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor” (Fp 4.8). Ainda assim, ainda sendo positivos biblicamente, não adiantar sermos positivos no tocante ao problema manifesto, porque essa técnica é inóqua, não funciona, não é mágica. A verdade é que, às vezes, a vida é uma droga mesmo, viver é sair por aí deixando pedaços em cada esquina da vida, e nessas horas, a atitude mais saudável é admitir isso e seguir em frente.
Negar sentimentos ruins é perpetuar problemas ao invés de solucioná-los.
E quando negamos nossos problemas, nos privamos da chance resolvê-los.
Os problemas geram uma sensação de propósito e dão substância à vida.