Frequentemente o que chamamos de “meus valores e convicções”, Deus chama de justicismo e judiciosidade vaidosa

Somos naturalmente vaidosos, todos nós, sem exceção. Os princípios e convicções que carregamos, talvez já iniciados dentro de casa dados por nossos pais e parentes, quando são negados e rejeitados por alguém não aceitamos. Ninguém gosta de estar errado. Por mais flexível e complacente que sejamos, queremos sempre que nossas posições sejam aceitas goela abaixo pelo outro, pois afinal de contas, estamos certos e morremos por nossas convicções.

Diante de Deus isso é um caminho perigoso… 

O diabo entra aí. Onde? Pode você perguntar. Ele adora uma ética-vaidosa, ele adora as nossas atitudes de princípios humanos-morais quando o fazemos para sermos considerados pessoas de posição forte e cheios de convicção, sem, em hipótese alguma abrir mão delas.

– Oh meu pai! O Senhor espedaça os nossos princípios morais quando a ti nos entregamos, quando a ti entregamos aquilo que somos por convicção, quando entregamos o barco do Nosso Ser e a Caravelagem da Nossa Vida; quando a ti dizemos: “Senhor, faça em mim conforme o TEU querer. Cria em mim um coração puro e dai-me um coração como o TEU, para que eu possa agir como TU, para que eu possa julgue como TU, falar como TU, pois, TUA vontade é, e sempre será boa, perfeita e agradável…”. 

Entregues a Ele assim, certamente teremos nossos valores morais, princípios e convicções completamente esmiuçados, toda vez que formos impiedosos para com alguém, toda vez que estes (valores morais, princípios e convicções) forem para elevação de nossa vaidade, toda vez estes não me fizer perdoar por orgulho, ate porque, “como vou perdoar isso? Jamais! Tal pessoa me enganou!”, você pode dizer… Teremos nossos valores morais, princípios e convicções completamente esmiuçados quando nos entregarmos a Ele, toda vez que estes forem para engrandecer o nome de nossa família, pois talvez aprendemos tudo isso por intermédio dela; do meu pai, da minha mãe, dos meus avós…

Quando entregamos nosso entendimento da vida, nossos princípios e valores éticos e morais a Ele, Ele nos mostra QUE princípios e valores são válidos de verdade e que devemos ter, os nossos valores e convicções-vaidosas, ou os dEle revelados pela Palavra?

Abrir mão de nossos princípios e convicções humanas, demanda uma verdadeira conversão e entrega absoluta a Deus.

Quantas vezes eu fui judicioso, aplicando ao outro aquilo que eu chamava de “minha convicção e meu valor moral”, quando por momentos me pegava errando o mesmo erro que no outro eu condenei. Eu somente tirei o cisco do olho do outro e deixei a trave nos meus olhos. Isso ocorreu somente comigo? Só eu cometi esse pecado? De modo algum! Você também já fez o mesmo.

Quantas vezes eu me enfureci com a mentira que peguei do outro contra mim. Mas, quantas vezes eu também menti no curso da minha vida e, até mesmo para essa pessoa? Isso ocorreu somente comigo? Só eu cometi esse pecado? De modo algum! Você também já fez o mesmo.

Quantas vezes enganei o próximo para locupletação da minha moral e dos meus princípios, saindo como “aquele que é cheio de santidade e boas convicções”. Isso ocorreu somente comigo? Só eu cometi esse pecado? De modo algum! Você também já fez o mesmo.

Quantas vezes eu disse o que não era para dizer e acabei ferindo pessoas que julgava amar. Isso ocorreu somente comigo? Só eu cometi esse pecado? De modo algum! Você também já fez o mesmo.

Quantas vezes eu…
Quantas vezes você…
Quantas vezes sofri a mesma coisa que fiz…
Quantas vezes você sofreu a mesma coisa que fez…

“Não fique escutando tudo o que os outros dizem, pois poderá ouvir o seu empregado falar mal de você. E você sabe muito bem que muitas vezes você mesmo já falou mal dos outros.” (Ec 7:21,22)

Que escolhe teremos de hoje em diante, as convicções, os valores e princípios morais e éticos que escolhemos e incluímos em nossas vidas como “meus”, ou nos submeteremos a aquele que subjaz tudo que cremos como “nossos”, e servir a tudo quanto Ele disser?

Que não sejamos mais o que somos por achar bonito, por achar moral e ético, mas que sejamos aquilo que Ele nos chama a ser.

Já fomos faladores e raivosos? Ele nos diz: “seja tardio no falar e tardio no irar…”;

Já fomos descontrolados? Ele diz: “mas o fruto do espírito é a paz, a longanimidade, a benignidade, a mansidão e o domínio próprio”;

Já tivemos dificuldade de perdoar? Ele diz: “se não perdoares o outro, o vosso Pai também não te perdoará”;

Já julgamos o outro a ponto de condená-lo segundo nossas evidências e acusações judiciosas? Ele diz: “que entre vós não seja assim, não julgueis para que o outro não use a mesma medida com que julgastes contra você…

Depois disso tudo, minha pergunta é: Você consegue ser o primeiro a atirar a pedra? (Jo 8)

Rubens Júnior,
Campos/RJ
20/06/2021