Cuidado com a valorização da carência

Neste dia, chamado de “dia dos namorados”, percebendo nas redes sociais pessoas valorizando suas carências afetivas, resolvi escrever meu pensamento que a seguir passo a aludir …

NÃO VALORIZE A CARÊNCIA, carência valorizada se torna num deus dos mais destrutivos. Há pessoas que, através da valorização da carência, abre um buraco emocional na vida e, com isso, não consegui se valer, se curtir; curtir o seu próprio eu. Não estou, obviamente, minimizando a vontade de se ter alguém, pelo contrário, esse desejo é o que existe de mais latente em todo ser vivo, mas, antes de se ter alguém, se tem de se gostar e se curtir também. Não digo sobre viver se adaptar a uma vida solitária, não, digo que só estaremos capacitados a fazer o outro feliz – porque existimos num relacionamento não para ser, mas para fazer o outro feliz – se antes disso formos felizes com nós mesmos, aí o outro que chegar agregará a alegria que já me é manifesta, a pessoa que chega vai abrilhantar como nunca o que já existe em si.

A valorização da carência, se não tiver um autocontrole bem treinado, aumentará exponencialmente seus níveis de ansiedade (que naturalmente todos temos, eu que o diga), e a ansiedade exacerbada (1)tirará seu sono, (2)consumirá sua alma, (3)te fará imediatista, (4)te projetará em fantasias emocionais e afetivas das mais transloucadas, se deixar paranóias são criadas diariamente, (5)vislumbrará para si gente que, de certo modo, seria a mais clara manifestação de um jugo desigual e que em outro tempo você a rejeitaria facilmente, (6)gerará em você um sentimento de rejeição em cada “não” que ouvir, e o pior, (7)te atrapalhará nas escolhas que terás de fazer em sua vida.

Digo uma coisa: Uma decisão de vida a dois, sincronizada e bem pensada, já nos traz certas dificuldades no viver, porque quando duas pessoas escolhem viver juntas, são duas pessoas que foram criadas por pais deiferntes, em circunstâncias diferentes, por culturas diferentes, por jeitos diferentes… Então, o que será de uma convivência de uma repleta incompatibilidade de gênios, iedeologias e visão da vida e do mundo extremamente opostas? – digo extramamente, pois, ninguém é igual, mas, ser a antítese do outro é mais dificultoso essa relação. No início, ainda que divergências das mais absurdas de vida e exageradas se manifestem, se houver uma paixão forte instalada, a priori, te deixará em êxtase achando está no “fantástico mundo de Bob ou no mundo do Peter Pan” no de ” e ela no “maravilhoso mundo de Alice”, mas, com o tempo, a conta chega e os dois acabam entrando na estatísta do “dedo podre” e de que “esse não para com ninguém; essa não dá certo com ninguém.”

Para alguns, às vezes é difícil, mas, geralmente, repito: geralmente, os mais robustos relacionamentos acontecem por acaso, acontecem por acontecer, acontecem na mais plena naturalidade da vida, digo geralmente… acontecem nos esbarrões da vida, nas esquinas, nas filas do banco, da lotérica, nas praças, nos pontos de taxi ou de ônibus, na igreja, na academia; às vezes até pelas vias virtuais, não é verdade!? – quem sabem… Embora, quanto última opação, deve-se tomar todo cuidado. Quem sai à caça, até encontra o que se foi buscar – até porque está todo mundo muito fácil hoje em dia, hoje já não existe mais a figura do “garanhão galanteador”, porque certas mulheres também entraram nesse barco de carências e se relativizaram no caminho, ambos se tornaram UM no processo, homens e mulher estão fáceis demais –, então, em geral, você até encontra o que busca quando sai à caça, mas, quando nos tornamos no “caçador(a) desenfreado de relacionamentos”, o que se encontra geralmente é a oposto de tudo o que anteriormente queríamos de verdade.

SEJAMOS SINCEROS TAMBÉM: Nem todos passaremos essa existência encontrando ou tendo que encontrar o amor da vida, a famosa “cara metade ou metade da laranja”, ou a pessoa que mais preencha nossos desejos. Nem todos, embora possam existir inúmeros fatores que contribuem para o não-sucesso com alguém.

Termino dizendo uma coisa, que se crêssemos de verdade diminui nosso fardo:
“Quem anda com Deus, ainda que esteja sozinho, sozinho não está!”

Rubens Júnior,
Campos/RJ,
12/06/2020

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