De onde vêm nossas percepções em relação ao próximo?

Todas às vezes que nós olhamos para uma pessoa com inveja, preconceito, raiva, ira ou qualquer outro sentimento destrutivo; todas essas percepções têm a ver com a gente. Talvez seja a projeção, o sucesso e o progresso que almejávamos ter e não temos, percebido e encarnado no outro, que gera em nós esse desconforto todo, porque, é justamente a parte que a gente mais queria ter e não tem que o outro mais escracha e, de fato, nós não gostamos não é dessa pessoa da qual geramos esses pensamentos despiciendos, nós não gostamos de nós mesmo, cada vez que observamos os nossos sonhos, sucesso e progresso escrachadamente no outro.

Em 1 Samuel 18:8,9, Saul teve irá e inveja de Davi quando às moças cantavam e exaltavam a Davi. Ele se irou, teve ciúme e começou a desconfiar de Davi… O problema não estava em Davi, o problema estava em Saul, que queria ter a fama de Davi e não teve, por isso, ele se ira porque estava vendo seu desejo manifestamente escrachado em Davi:

“E Saul não gostou disso. Ficou muito zangado e disse: Para mim as mulheres deram mil, mas para Davi deram dez mil. A única coisa que está faltando agora é ele ser rei! E desse dia em diante Saul começou a ter ciúme de Davi e a desconfiar dele.” (I Sm 18:8,9).

 

Rubens Júnior,
Campos dos Goytacazes/RJ,
25/04/2020