Rubens Júnior

Os Três Pedidos de Alexandre, o Grande — Uma Lição Bíblica sobre a Vaidade Humana

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Alexandre Magno (o Grande), rei da Macedônia, morreu aos 32 anos, após conquistar o império mais vasto que o mundo antigo já vira. Homem de glória, gênio militar e símbolo da ambição humana, Alexandre parecia invencível — até ser vencido pela morte.

Seu império compreendia a Grécia, a Macedônia, o Paquistão, parte da Rússia, o Egito e a Península Arábica. Nunca antes um só homem havia unido tantas culturas e povos — gregos, egípcios, persas, babilônios e hindus — sob uma mesma coroa. Alexandre não apenas conquistou terras; ele espalhou a cultura grega (a helenização) por todo o Oriente.

Conta-se que Alexandre teria feito três pedidos antes de morrer:

I – “Eu quero que os melhores médicos carreguem meu caixão, para mostrar que eles não têm poder algum sobre a morte.
II – “Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros, para que todos possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui ficam.”
III – “Eu quero que minhas mãos fiquem para fora do caixão, de modo que as pessoas possam ver que viemos com as mãos vazias e de mãos vazias voltamos.”

Essa é uma história poética e famosa, mas provavelmente não é histórica, ao menos pelo que se sabe até o momento. Os relatos existentes sobre a vida e a morte de Alexandre não mencionam, em nenhum momento, esses três pedidos feitos por ele em seu leito de morte.

No entanto, a lenda dos três pedidos, ainda que sem comprovação histórica, pode funcionar para nós como um espelho moral, ou seja, um homem que conquistou o mundo inteiro, mas, no fim, nada levou.

É interessante notar que, paralelamente a esses três pedidos, há passagens bíblicas que lhes dão pleno respaldo. Ainda que a história não seja verdadeira, seus ensinamentos e implicações são profundamente bíblicos. Vejamos:

Alexandre disse:Eu quero que os melhores médicos carreguem meu caixão, para mostrar que eles não têm poder algum sobre a morte.” A Bíblia diz:Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (1 Coríntios 15:55). Alexandre reconhece que nem os melhores médicos podem deter a morte — e Paulo, em 1 Coríntios, afirma o mesmo princípio, mas com outro desfecho: a morte foi vencida na cruz. Ambos falam da impotência humana diante da morte, mas a Bíblia aponta para o poder de Cristo, não da medicina.

Alexandre disse: Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros, para que todos possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui ficam.” A Bíblia diz:Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu.” (Mateus 6:19-20). Aqui, Alexandre é o exemplo negativo de quem reconhece tarde demais a futilidade da riqueza. Jesus já havia dito o essencial: a riqueza não atravessa o túmulo, e o verdadeiro valor é o espiritual.

Alexandre disse:Eu quero que minhas mãos fiquem para fora do caixão, de modo que as pessoas possam ver que viemos com as mãos vazias e de mãos vazias voltamos.A Bíblia diz: Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele.” (1 Timóteo 6:7). A imagem das mãos vazias é poderosa — é a confissão final de que tudo o que possuímos é emprestado. Paulo, escrevendo a Timóteo, fala da mesma nudez existencial: entramos nus e saímos nus.

Em outras palavras, o conto transforma Alexandre, o símbolo máximo da glória humana, em um pregador involuntário da vaidade das vaidades. Mesmo o homem que conquistou o mundo inteiro termina como qualquer um de nós: sem poder, sem riqueza e de mãos vazias diante de Deus.

FONTE: Internet

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